domingo, 24 de agosto de 2008

Amsterdan e Bruges


Só para esclarecer, em Amsterdan, ao contrário do que a maioria pensa, o uso de drogas não é legalizado, apenas tolerado se for em pequenas quantidades. As pequenas quantidades podem ser compradas somente em alguns lugares da cidade como Cafés, lojas especializadas, mercado das flores, tabacarias... Também não tem muita opção. Maconha, haxixe e “cogumelos mágicos” só podem ser encontrados em forma de cigarros, balas, bolos, pirulitos, chá e mudas para que o cliente plante em seu próprio quintal.

Outra coisa, você pode fumar nos bares, na rua, em ambientes públicos mas, por favor, não fume no quarto do hotel, aí não pode mesmo.

Em Amsterdan também há uma grande preocupação com uma classe de trabalhadores em especial, a dos profissionais do sexo. Sim, DOS profissionais do sexo e não DAS profissionais do sexo, pois assim como as drogas, aqui nesse ramo também não tem muita variedade. Como dizia o nosso guia, no Distrito da Luz Vermelha só se encontra o bonito, o feio e o ruim, ou seja, as profissionais bonitas, as muito feias nóssenhoraduperpétussocorro!) e as com algo a mais.

Se você não quiser uma profissional do sexo, mas estiver afim de variar na hora do vamo-ver, tem a opção de ir ao Vondel Park à noite e se divertir com a companhia de outros casais entediados, mas não pode fazer muito barulho porque isso aqui é uma cidade de respeito.

Só mais uma e, aí é sério. Não pode levar nada pra casa. Na chegada na cidade o guia perguntou, como quem pergunta “Quem quer chocolate??”, quem ia fumar maconha e como se fosse uma hola, o ônibus inteiro se animou; mas aí ele avisou, pode comprar o que quiser, mas tenha certeza de que tudo será consumido em Amsterdan. Todo mundo ouviu? Sim, claro... a gente sabe que drogas não são nem toleradas em outros países.

Na volta, quando já estávamos indo embora de Bruges, na Bélgica, um fulano foi pego fumando e o guia alertou para que quem ainda tivesse alguma coisa que saísse do ônibus e jogasse tudo fora. Só se via um vindo com um cigarrinho, a outra correndo com um pacotão de bala para fora do ônibus e uma outra devorando um bolo de haxixe, por que afinal de contas, também não pode desperdiçar né!

Em Bruges foi só o tempo de dar uma volta pela cidade, que é uma lindeza, almoçar, 15minutos em uma fábrica de chocolate e seguir rumo ao ferry, um navio gigantesco utilizado para se cruzar o oceano da França para a Inglaterra. Uma hora e quarenta minutos de sufoco, não há Dramin que aguente tanto sacolejo.

Nessa viajem tivemos a certeza do tanto que os europeus são sortudos. Fomos da Holanda para a Bélgica em três horas, tempo insuficiente para, saindo de BH, mudar de estado.

Agora já está quase tudo atualizado...

Bjus, até daqui a pouco... Só falta um mês!

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Papai - Bournemouth - Londres!


Não foi surpresa alguma o olho ter enchido de lágrimas quando vi o papis afinal, quatro meses depois de dar tchau para ele da sala de embarque do aeroporto encontrá-lo na Inglaterra não teve preço.

Mamãe já tinha me avisado, papai tem formiga no pé. Fomos para o hotel onde ele ficou hospedado em B´mouth e, uns minutinhos depois ele faz a sugestão: “Vamos descansar andando?” Inacreditável!

Fomos então para Londres e o papai deu o azar de vir para a Inglaterra e tomar Sol na cuca todos os dias. Perdeu todo o charme do tal fog londrino, da chuva, do vento, do frio. Aliás, muitas vezes a temperatura esteve mais alta do que a de BH, morram de inveja! Rs...

Londres é uma mistura de novo com velho, passando pelo muito velho e muito interessante. Muita gente de lugares diferentes, o que menos se escuta é inglês, talvez por isso o lugar seja cultura pura e o melhor, muitas vezes é de graça. E aí está a diferença, todas as pessoas tem acesso a museus maravilhosos, parques de tirar o fôlego sem pagar um tostão.

E parece que o ritmo é frenético! A rua sempre cheia, pessoas de um lado para o outro, metrô que te leva a todos os lugares (fiquei pensando no de BH, que tem uma linha que vai e volta), lojas, muitas lojas, metade do preço do Brasil e ainda... sales! Liquidação!!! 50% off... 70% off... quase que o papai perdeu a linha, ele repetia toda hora, pra não esquecer, que tinha que ficar esperto pra não sair comprando por impulso.

Fomos também ao Madam Tousseau, o museu de cera de Londres, onde eu acrescentei vários nomes ao meu currículo amoroso, como o Léo, o George, o Brad, o Justin, meu príncipe Willian... Aproveitei pra enforcar o Jim Carrey, realizando um sonho de infância, dar uma bronca no Bush e um abraço de urso no Shrek. Vejam fotos no Picasa.

Muita gente já me perguntou “E aí, como foi despedir do pai?”. Mó legal galera, imagina! Claro que eu voltei arrasada de Londres para B´mouth...

A viajem, claro, foi ótima!!! Animo fazer tudo de novo!

Dublin

Estou demorando para escrever, então tenho muitas novidades. Da última vez viajei na maionese falando do comportamento das pessoas que eu vejo por aqui, mas agora vai ser diferente, vou só contar as novidades, que são muitas, principalmente depois do puxão de orelha da mamis. Nas palavras dela, “o blog esquece, né”.

Não... não esquece e por isso eu vou postar de um jeito diferente. Serão vários posts de uma vez, assim vocês podem escolher o querem ler e não se cansam. É só procurar nos links do lado esquerdo o que interessa mais.
O primeiro, por ordem de acontecimento é Dublin, uma viajem que apesar do clima, foi até bacana.

Dublin

Imagine visitar uma cidade onde o clima varia de um dia para o outro entre chuva com intervalos regulares de dez minutos ou uma ventania louca que, muitas vezes, nos empurrava de um lado para o outro. Agora imagine quando as duas coisas aconteciam ao mesmo tempo. Feito o retrato do clima durante toda a viajem, dá pra imaginar o quanto foi dificil visitar os pontos turisticos de Dublin, especialmente os que eram ao ar livre. Esses ficaram para trás.



O que fizemos de bacana então, foi visitar a fábrica da Guiness, o que foi sensacional, apesar de eu não gostar da cerveja, comemos muito bem, obrigada, com direito a prato tipico e pão preto irlandês. E não me venha dizer que eu vou ficar gorda, conhecer a comida do local faz parte da viajem.

Não podia deixar de contar da enrascada em que nos metemos: entramos em uma igreja, meio que pra conhecer e também pra esconder da chuva e ouvimos uns batuques e umas pessoas cantando muito felizes e corremos para ver o que era. Como a curiosidade matou o gato, também nos demos mal por causa dela. Caímos em uma outra igreja, pedimos para entrar e, no início, tudo bem, era muito interessante. Era uma igreja só para negros, eles vestiam umas roupas num estilo africano, muito bem arrumados, a celebração era em francês e eles cantavam batiam palmas, assoviavam, muito diferente de tudo que eu já tinha visto.

Acabada a cantoria veio a pregação em si, para nós já tinha sido suficiente ver o canto íamos embora em um minuto se não tivesse chegado uma senhora para fazer a tradução de toda a celebração para que pudéssemos entender tudo o que era dito. Quase uma hora se passou, com muita gritaria em francês, uma tradutora (claro, para o inglês) muito esforçada e foi um tal de uma olha pra outra, que olha pra outra e de repente uma das meninas solta um “Lu, faz alguma coisa!” No final deu tudo certo, conseguimos ir embora antes do fim da celebração.

A diversão foi garantida para essa viajem, com certeza. Para fechar com chave de ouro, quase perdemos o vôo de volta para Bournemouth. Muito tranquilamente fomos para o portão A2 do aeroporto, onde descobrimos que embarcaríamos no D80. De A para D, tudo bem... aparentemente. As placas do aeroporto insistiam em querem dizer que faríamos uma caminhada de dez minutos do local onde estávamos até o maldito portão de embarque, enquanto tínhamos, mais ou menos, uns cinco, até que o avião decolasse... Nunca imaginei que eu pudesse correr tanto!

Mais uma vez, deu tudo certo!