terça-feira, 17 de junho de 2008

As novas da vez...


Anda faltando inspiração para trazer as novas e, o problema eu acredito já saber qual é... me acostumei. E mais uma vez eu me lembro da crônica em que a Marina Colasanti diz que “a gente se acostuma, mas não devia”. É... acho que os olhos já se adaptaram a tanta coisa diferente que, de repente parei de observar. Ou melhor, como o lugar já não me causa nenhuma estranheza, passei a observar as pessoas mais do que o lugar e, talvez isso não seja tão ruim, afinal, gosto de ver como as pessoas se comportam e comparar com a forma com que eu me comportaria na mesma situação.


Por exemplo, começando pelo fútil, aqui eu vejo o que a falta de um tempo bom faz com as pessoas. As mulheres ficam loucas por um bronzeado, nunca vi tanto cosmético para promover um bronzeado falso junto, alías, nunca vi tanta beleza falsa junta: é unha, bronzeado, cabelo. E, junto com a beleza falsa, vem a feiúra verdadeira, os cremes bronzeadores deixam as mulheres completamente laranjadas, as unhas falsas fazem um degrau por cimas das verdadeiras, dando um aspecto meio nojento e assim por diante.


Enquanto isso, as asiáticas são adeptas do efeito Michael Jackson, quanto mais brancas melhor. E para isso, mais uma vez entram em cena os cremes e maquiagens. Diz uma colega coreana, que isso faz com que as mulheres pareçam mais frágeis e os homens queiram protegê-las.


Sobre comportamento, aqui eu vejo que as brasileiras não são mais vulgares do que as européias, como dizem ou, pelo menos, cada uma é vulgar do seu jeito (rs...). É verdade que por aqui não muito de ficar na balada, até rola, mas é muito menos do que no Brasil. No entanto, roupa curta é mato, as mulheres saem para a boate parecendo que estão indo à praia, a saia mostra a bunda fácil, fácil. A gente pode até dançar funk, rebolar, descer até o chão, mas por aqui o negócio é a dança do acasalamento: encoxa, esfrega, passa a mão no cabelo... as vezes eu olho e penso: isso aí não devia ser feito entre quatro paredes, não?


O que os idosos e as crianças tem em comum na terra da rainha? Nenhum deles anda. Os primeiros parecem ser tão fracos que só andam de andador ou com um carrinho motorizado, daqueles que a gente só vê nos nossos supermercados. E as crianças até seus 5 anos de idade ou mais, também só andam de carrinho. As mães devem ser meio preguiçosas, não gostam muito do trabalho de segurar a mão dos filhos, é muito mais fácil colocar a criança num carrinho... vai saber.


E pra que ninguém diga que eu estou olhando demais para a vida dos outros, digo que aprendi que eu sou boa companhia para mim mesma e andei, sim, olhando para o meu umbigo. No quesito futilidade, posso dizer que eu entrei na onda e, tenho usado muito mais (muito mais mesmo) maquiagem do que eu tinha costume, até batons com uma corzinha estão entrando na lista. E ainda, primeiro por necessidade, depois porque estou tomando gosto pela coisa, cremes hidratantes e protetores labiais começam a fazer parte da minha vida.


Além disso, acho que também andei, mesmo que inconscientemente, analisando as minhas relações com os colegas, amigos, família. Algumas relações simplesmente renascem, se tornam mais fortes, mais doces, parece que a distância só está fazendo bem, o que é engraçado de se pensar. Ao mesmo tempo, algumas relações se secam e parecem que vão morrendo aos pouquinhos, não sei se por falta de tempo ou interesse, mas as pessoas deixam de estar presentes, de dar notícias. Outras ainda me dão a impressão de que tudo continua como sempre foi, forte se forte, fraca se fraca e morna se morna, o que não deixa de ser reconfortante, pois são a certeza de que, quando eu voltar para casa, alguma coisa ainda estará do jeitinho que eu deixei.


Post um tanto longo, pra compensar a ausência. Por ora é isso... admirem o arroz com feijão na foto, não é balela, isso aqui é raridade e faz uma falta danada!


Ah! Próximo fim-de-semana vou para a Irlanda! Mando as fotos logo que chegar..


Bjos e até...