Engraçado como uma palavrinha faz falta numa língua... saudade. E por falta dela se arranjam outras que podem soar estranhas aos nossos ouvidos.
Não estou reclamando da vida, aliás, não vou fazer isso até que eu volte pra casa, comece a procurar emprego e, quando eu encontrar, começo a reclamar dele, do chefe, etc.
Comecei o texto assim porque essa semana deu saudade de casa, dos finais de semana com a galera, de fazer tudo igual. E estar com saudade de casa significa que se está home sick. Traduzindo, literalmente, é uma doença de casa e, pelo que eu percebi, tem até sintoma: desanimo, preguiça, vontade de mudar (pode ser o cabelo, a roupa, a cama de lugar.. qualquer coisa), constante pensamento na morte da bezerra...
Então, eu tava meio assim e descobri que a melhor coisa a fazer quando se acorda home sick é tirar o pijama na hora que levanta da cama. Se não for assim a gente corre o risco de ficar o dia inteiro com ele e não ver a cara da rua, o que pode ter consequencias gravissimas como passar o dia embaixo do edredon, afogando as mágoas em chocolate quente com cookies.
Passado o momento desabafo, é hora de mudar de assunto...
Descobri que brasileiro só não é patriota no Brasil. É incrível como aqui os brasileiros mostram todo seu orgulho e, literalmente, vestem a camisa do país. Comecei a reparar depois de um trabalho que fizemos, em que cada um deveria escolher um produto para exportar para outro país. Os brasileiros da turma só escolheram produtos tipicamente brasileiros e, provamos por A + B que eles não poderiam ser produzidos em outro lugar do mundo, enquanto os colegas de outras nacionalidades buscavam outras alternativas.
Depois passei a observar que aqui defendemos o Brasil, mais do que defendemos a seleção brasileira de futebol, porque esta não precisa ser defendida em lugar algum, já fazem isso por nós. Outro dia, numa atividade em sala de aula, uma colega coreana me perguntou: "Quando foi que os irmãos Wright fizeram o avião?" HEIN?! E quem disse que foram eles que fizeram o avião? Contei pra ela que quem inventou o avião foi Santos Dumont, sem medo de ser feliz. Ela fez uma cara de "Ah, tá..." Mas eu nem ligo, pelo menos contei a verdade pra ela! rs...
E assim acontece com outras coisas no dia-a-dia. Dá o maior orgulho ver esses gringos com a nossa camisa, escutando as nossas músicas, vendo nossos filmes. E quando eles falam que amam o Brasil? Nú! Viro fã!
E pra terminar... eu agora, quando fico curiosa sobre alguma coisa (um costume de outros países, línguas, culturas), chego em casa e pesquiso. Sem querer acabei caindo numa página da Wikipédia que fala sobre a língua portuguesa e seus dialetos. Sugiro que vocês vejam a explicação do dialeto mineiro, que NÃO é caipira. Rachei de rir!
Beijos,
Lu